Sou professora. Até aí, nenhuma novidade. O problema é que sempre recebi muitas críticas por manter uma postura diferenciada em relação aos meus colegas, independente de estar dentro ou fora da escola.
Pois fiquei surpresa com um artigo que li no jornal Zero Hora de hoje, 14 de novembro. Nele, o psiquiatra Montserrat Martins fala do seu espanto ao participar da formatura de uma turma de Pedagogia em que as formandas dançavam funk no palco. Desabafou sua estranheza ao filho e recebeu dele uma resposta também inesperada. E aí ele diz o seguinte:
"Pensando bem, se as professoras não soubessem dançar, como iam ter ânimo para acompanhar a energia dessa geração de alunos criada na nossa 'era do espetáculo', com mais tempo em frente a TV, internet e videogames que conversando com seus próprios pais? Lembrei do mais sensacional professor que tivemos no colégio onde estudei, que além de profe era o técnico do time de futebol. Pode haver algo mais inesquecível que um adulto que é parceiro dos jovens no que eles mais gostam, no que lhes dá mais alegria e diversão? É claro que dava muito mais vontade de prestar atenção nas aulas dele que em quaisquer outras, ele não impunha sua autoridade, a conquistava, junto com a admiração e o respeito de todos nós."
Talvez esse trecho explique por que os alunos preferem uns professores a outros, umas aulas às outras. Talvez, ele possa fazer com que alguns profissionais revejam suas posturas e repensem suas didáticas em sala de aula. Talvez ele provoque a reflexão, talvez não faça nenhuma diferença...
Para mim, tudo o que ele escreveu só comprova o que eu sempre soube: quando a relação professor-aluno é baseada no respeito, não importam as convenções ou as formas de tratamento, porque muito antes de sermos professores e alunos somos PESSOAS. E isso é o mais importante!
(Para quem quiser ler o artigo inteiro, é só clicar aqui.)
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