sábado, 14 de novembro de 2009

Fazer a diferença

Sou professora. Até aí, nenhuma novidade. O problema é que sempre recebi muitas críticas por manter uma postura diferenciada em relação aos meus colegas, independente de estar dentro ou fora da escola.

Pois fiquei surpresa com um artigo que li no jornal Zero Hora de hoje, 14 de novembro. Nele, o psiquiatra Montserrat Martins fala do seu espanto ao participar da formatura de uma turma de Pedagogia em que as formandas dançavam funk no palco. Desabafou sua estranheza ao filho e recebeu dele uma resposta também inesperada. E aí ele diz o seguinte:

"Pensando bem, se as professoras não soubessem dançar, como iam ter ânimo para acompanhar a energia dessa geração de alunos criada na nossa 'era do espetáculo', com mais tempo em frente a TV, internet e videogames que conversando com seus próprios pais? Lembrei do mais sensacional professor que tivemos no colégio onde estudei, que além de profe era o técnico do time de futebol. Pode haver algo mais inesquecível que um adulto que é parceiro dos jovens no que eles mais gostam, no que lhes dá mais alegria e diversão? É claro que dava muito mais vontade de prestar atenção nas aulas dele que em quaisquer outras, ele não impunha sua autoridade, a conquistava, junto com a admiração e o respeito de todos nós."

Talvez esse trecho explique por que os alunos preferem uns professores a outros, umas aulas às outras. Talvez, ele possa fazer com que alguns profissionais revejam suas posturas e repensem suas didáticas em sala de aula. Talvez ele provoque a reflexão, talvez não faça nenhuma diferença...
Para mim, tudo o que ele escreveu só comprova o que eu sempre soube: quando a relação professor-aluno é baseada no respeito, não importam as convenções ou as formas de tratamento, porque muito antes de sermos professores e alunos somos PESSOAS. E isso é o mais importante!

(Para quem quiser ler o artigo inteiro, é só clicar aqui.)

terça-feira, 10 de novembro de 2009

O que aprendi ensinando...

Ser professor nos dias de hoje não é tarefa simples. Mas o aprendizado que a profissão nos traz é imenso. Nesse pouco tempo de sala de aula, aprendi algumas lições importantes:

Aprendi que não sei tudo, e que ainda tenho muitas coisas pra aprender.
Aprendi que não é preciso ter duas caras, uma dentro e outra fora da sala de aula; as duas podem conviver pacificamente.
Aprendi que os alunos existem dentro das paredes da escola; da porta pra fora, eles podem ser amigos.
Aprendi que estar aberto ao conhecimento significa partilhar do que os outros sabem.
Aprendi a diferença entre ter autoridade e ser autoritário.
Aprendi que só faz a diferença aquele que se aproxima, não aquele que se afasta.
Aprendi que não há estrada que não possa ser percorrida; é preciso apenas força de vontade.
Aprendi que só anda sozinho quem quer, pois sempre existe alguém disposto a nos acompanhar.
Aprendi que o respeito vai muito além da forma de tratamento; está nas atitudes.
Aprendi o quanto é importante ensinar e como é gostoso aprender, porque os conhecimentos existem para ser compartilhados e não, dominados.



sexta-feira, 6 de novembro de 2009

sexta-feira, 8 de maio de 2009

Pelos olhos de um poeta

Se você fosse um livro, que livro seria? Nunca havia pensado nisso até receber um teste virtual sobre o assunto.

Surpreendente! É a palavra que melhor define o resultado das minhas escolhas em 10 perguntas sobre a vida, o mundo, as pessoas. Não imaginava que poderia ser sensível e realista ao mesmo tempo, tão prosa e tão verso como Carlos Drummond de Andrade, em sua "Antologia Poética".

De fato, as poesias de Drummond são marcantes - só não pensei que pudessem marcar diretamente a minha vida. Se já admirava o estilo dele antes, agora tenho a dizer que ele me serve de inspiração:

É preciso ser poeta
Descobrir a vida
Encobrir a morte.
Viver o mundo
Tentar a sorte...

É preciso ser poeta
Fazer canção
Fazer seresta.
Chorar e rir
Na hora certa...

É preciso ser poeta
Ter coragem de voar,
De sorrir, de amar.
Não ter medo,
Enfrentar...

É preciso ser poeta
Ver, ouvir,
Transformar.
Ser capaz
Ser audaz,
Superar!

É preciso ser poeta
De tempos, lugares
Pessoas...
Ser mensageiro,
Profeta
Mas só de notícias boas...

Verdade?
Mentira?
Que interessa!
Vale sim é ver a vida
Pelos olhos de um poeta!

A vida pelos versos ou os versos pela vida, não importa. O que eu quero mesmo é vencer a corrida iniciada com o meu nascimento, deixando pelo caminho as pegadas que vão ou não ser seguidas, as marcas que serão ou não importantes para as pessoas que cruzarem comigo. Uma verdadeira viagem pelos olhos de um poeta...

domingo, 26 de abril de 2009

Mudar as energias

Depois de tanto tempo afastada do meu blog, encontrei novos motivos para escrever - como se para isso fossem necessários motivos... Vivi um período turbulento. Acho que todas aquelas "descobertas" mexeram muito comigo e provocaram o primeiro bloqueio: na inspiração.

Tudo foi normalizando, os problemas se resolvendo, o reinício do trabalho (de casa nova!!), o reencontro com os colegas de pós. Mas como nada na vida é tão calmo como parece, no meio do caminho surgiram novas pedras - parodiando meu querido poeta Carlos Drummond de Andrade. E, mais uma vez, deixei este espaço de lado... com direito a um puxãozinho de orelha (dá uma olhadinha no comentário do meu último post...).

Pois é... Como se voltasse de uma hibernação, retorno à escritura com energias renovadas. Sim, porque nós somos capazes de mudar o rumo das nossas vidas apenas com a mudança das nossas própras energias. Guarda o que é bom, descarta o que é ruim... Aproxima pessoas positivas, afasta as negativas...

Outra arma poderosa a nosso favor - ou contra nós - é o pensamento. Conforme a energia do nosso pensamento, serão as nossas atitudes; o que desejarmos - a nós ou aos outros - de alguma forma será realizado - em nós, ou nos outros...

Se hoje estou escrevendo novamenté é porque as minhas energias se transformaram, é porque resolvi encarar os desafios de frente e de cabeça erguida. E mais importante: porque outras pessoas precisam conhecer essa força interior, saber que as nossas conquistas chegam pelo nosso trabalho. É um crescimento de dentro pra fora - "você transforma o mundo transforma você"* - e os outros não têm nada a ver com isso!!!

Pessoas de bem! Sejam todas bem-vindas a minha nova vida! É por vocês - e pra vocês - que eu escrevo a partir de agora!

* slogan de um vestibular da Unisinos

sexta-feira, 16 de janeiro de 2009

Descobertas

Depois das promessas, as descobertas...

Descobri que sempre há tempo e espaço para descobertas... Sempre há o que descobrir...

Descobri que é preciso ter medo para ter coragem... Coragem para fazer, coragem para mudar, coragem para viver...

Descobri que as palavras têm força... Mas são mais fortes quando estão escritas, gravadas, como algo concreto...

Descobri que as coisas só acontecem para aqueles que acreditam...

Descobri que o ser humano precisa confiar mais em si mesmo do que nos outros... Que somos capazes de guardar segredos, de fazer perguntas e encontrar respostas dentro do nosso próprio coração... E olha que ele nunca mente...

Na verdade, descobri que eu já sabia de tudo isso... Descobri que precisava exercitar a minha própria fé... Fé em Deus, fé em mim, fé na vida, fé nas pessoas... Sim, porque algumas pessoas ainda merecem que acreditemos nelas...

Descobri que todas essas coisas são apenas redescobertas... Mas que hoje têm outro significado na minha vida...


terça-feira, 13 de janeiro de 2009

2000inove

Assim como a propaganda de um grande banco que circula nos meios de comunicação é a minha expectativa para este ano novo: INOVAR. Em todos os sentidos! Fiz uma promessa silenciosa de MUDANÇAS - aquela história do "ano novo, vida nova" levada a sério mesmo.

2009 será um ano difícil, ano regido por Ogum - São Jorge no sincretismo religioso. Pra quem não lembra, esse aí é o cara que luta contra os dragões... E "eu estou vestida com as roupas e as armas de Jorge... Salve, Jorge!", como diz aquela música da Fernanda Abreu, para enfrentar os desafios que baterem à minha porta.

Já tive boas surpresas nesses poucos dias de ano novo. E a cada dia uma nova aparece... Talvez antes eu não prestasse tanta atenção ao que acontece à minha volta, ou não estivesse disposta a isso. A verdade é que hoje tudo me salta aos olhos... E isso me faz rever algumas atitudes, refletir sobre elas e se vale a pena continuar como está ou MUDAR... É incrível como a gente encontra motivos para operar mudanças...

Hoje, chegou-me às mãos (mais uma vez...) um poema da cronista Martha Medeiros, que circula pela internet há alguns anos com autoria atribuída a Pablo Neruda. A morte devagar é o título, e entre os tantos versos, estes têm tudo a ver com o que escolhi para meu ano novo:

Morre lentamente quem não viaja,
quem não lê, quem não ouve música,
quem não encontra graça em si mesmo.
Morre lentamente quem destroi seu amor próprio,
quem não se deixa ajudar...

Eles não estão na ordem que Martha destinou em seu texto, mas resumem o MEU DESEJO DE MUDANÇA, o meu desejo de me deixar ajudar... Tudo isso porque não quero morrer lentamente, quero viver ainda mais intensamente. Quero INOVAR...

Precisei desses primeiros dias de 2009 para escrever o que realmente esse ano representa na minha vida. Precisei tomar consciência de algumas velhas atitudes e estar disposta a transformá-las em novas atitudes, e até em posturas diferentes. Precisei me deixar ajudar...

O que esperar agora? A mudança interna já começou... Os espaços já foram abertos... As portas para o novo estão escancaradas... Que venham as inovações!